quarta-feira, 3 de junho de 2015

Pesquisa Nacional de Saúde 2013, o "BRASIL" está doente .

"O primeiro volume da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), divulgado em dezembro do ano passado, continha capítulos como a percepção do estado de saúde, as doenças crônicas não transmissíveis e o estilo de vida. Nesta edição, a Pesquisa Nacional de Saúde 2013 registra o acesso e utilização dos serviços de saúde, acidentes e violências. Veja a seguir alguns  pontos da pesquisa:

Dos mais de 200 milhões de pessoas residentes no Brasil, de acordo com dados do Censo 2013, 71,2% -- ou seja, 142,8 milhões – consultaram médico nos últimos 12 meses anteriores à data de referência da PNS 2013 (Pesquisa Nacional de Saúde), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (2). A pesquisa comprovou, ainda, que 14,1 milhões (7% dos residentes em domicílios particulares) deixaram de trabalhar, ir à escola ou realizar uma atividade habitual porque estavam resfriados, com enxaqueca ou não se sentiam bem. 

Em 2013, 27,9% da população tinha algum plano de saúde (médico ou odontológico). As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste apresentaram as maiores proporções (36,9%, 32,8% e 30,4%, respectivamente) e as regiões Norte e Nordeste, as menores (13,3% e 15,5%, respectivamente). A região Sudeste registrou percentual quase três vezes maior que o verificado na região Norte. Na área urbana (31,7%), o percentual de pessoas cobertas por plano de saúde era cerca de cinco vezes superior ao observado na área rural (6,2%).

Doenças - A pesquisa estimou que 7% da população residente em domicílios particulares permanentes (14,1 milhões de pessoas) deixou de realizar atividades habituais por motivo de saúde nas duas últimas semanas anteriores à pesquisa. A proporção de pessoas que deixaram de realizar atividades habituais por motivo de saúde foi maior entre as mulheres (8%) que entre os homens (5,9%). A pesquisa também investigou os motivos de saúde que impediram as pessoas de realizar suas atividades habituais: 17,8% citaram resfriado ou gripe e 10,5% relataram dor nas costas, problema no pescoço ou na nuca.

No Brasil, 77,8% das pessoas, quando precisavam de atendimento de saúde, costumavam procurar o mesmo lugar, médico ou serviço de saúde. As regiões Norte (74,2%), Nordeste (74,3%) e Centro-Oeste (74,8%) apontaram as menores proporções deste indicador, enquanto a região Sul, a maior (83%) O costume de procurar o mesmo lugar, médico ou serviço de saúde foi mais frequente para as pessoas de 0 a 17 anos de idade (79,9%) ou de 60 anos ou mais de idade (79,3%).

Consulta médica - A pesquisa apontou que, das pessoas residentes no Brasil, 71,2% (142,8 milhões) consultaram médico nos últimos 12 meses anteriores à data de referência da pesquisa. De acordo com a pesquisa, as proporções de pessoas que consultaram médico foram superiores à média nacional para mulheres (78%); pessoas de cor branca (74,8%); nos grupos de idade de 40 a 59 anos (73,5%) e de 60 anos ou mais (83,5%); e entre as pessoas com nível médio completo ou superior incompleto (71,3%) e superior completo (80,4%).

Consulta ao dentista - A proporção de pessoas que consultaram dentista nos últimos 12 meses anteriores à data da entrevista foi de 44,4% (89,1 milhões). A pesquisa apontou que quanto maior o nível de instrução, mais elevada a proporção de consulta ao dentista, variando de 36,6% (sem instrução ou com fundamental incompleto) a 67,4% (superior completo).

Acesso à saúde - No Brasil, dentre as 30,7 milhões de pessoas que procuraram algum atendimento de saúde nas duas semanas anteriores à data da Pesquisa Nacional de Saúde, 97% afirmaram ter conseguido atendimento e 95,3% foram atendidos na primeira vez em que procuraram. Das pessoas que não conseguiram atendimento de saúde na primeira vez em que procuraram, 38,8% alegaram que não tinha médico atendendo e 32,7% não conseguiram vaga ou pegar senha. Os demais motivos investigados tiveram percentuais que variaram. A proporção de pessoas que conseguiram atendimento de saúde na primeira vez em que procuraram foi menor para as de cor parda (94,3%) que as de cor branca (96,3%), e maior para aquelas com nível superior completo (97,9%).

Medicamentos - Das pessoas que conseguiram atendimento de saúde (exceto o serviço de marcação de consulta), 64,8% tiveram algum medicamento receitado e 82,5% conseguiram obter todos os medicamentos prescritos. Apenas a região Norte apresentou percentual inferior à média nacional na obtenção de todos os medicamentos receitados (75,8%).

Farmácia popular - Do total estimado de 19,3 milhões de pessoas que tiveram medicamento receitado no último atendimento de saúde, 21,9% (4,2 milhões) responderam que conseguiram obter pelo menos um deles no Programa Farmácia Popular. A região Nordeste apresentou a menor proporção (16,4%). As maiores proporções de pessoas que conseguiram obter pelo menos um dos medicamentos foram encontradas nos grupos de idade de 40 a 59 anos (25,5%) e de 60 anos ou mais (30,3%). As proporções foram menores entre as pessoas com nível de instrução mais elevado: médio completo ou superior incompleto (18,1%) e superior completo (13,1%).

Internação em hospitais - De acordo com a PNS 2013, das 200,6 milhões de pessoas residentes no Brasil, 6% (12,1 milhões) ficaram internadas em hospitais por 24 horas ou mais nos 12 meses anteriores à pesquisa. Das pessoas que passaram por essas internações 65,7% (8 milhões) tiveram esse atendimento por meio do SUS (Sistema Único de Saúde). Tratamento clínico e cirurgia foram os dois tipos de atendimento mais frequentes.

Dengue - Em 2013, 12,9% da população (25,8 milhões) referiram já ter tido dengue alguma vez na
vida. As proporções de pessoas que referiram já ter tido dengue foram superiores à média nacional para mulheres (14,3%); pessoas de 40 a 59 anos de idade (17,4%); pessoas de cor preta e parda (14,8% em ambos os casos); e entre as pessoas com nível médio completo ou superior incompleto (14%) e superior completo (16,4%). A menor proporção encontrada foi entre as pessoas de 0 a 17 anos de idade (5,9%). Considerando o diagnóstico feito por médicos, o percentual da população que mencionou já ter tido dengue, no Brasil, reduziu para 10,4% (20,8 milhões de pessoas).

Acidente de trânsito - Os acidentes de trânsito constituem um importante problema de saúde pública, sendo uma das principais causas de óbito no mundo, além de poder causar sequelas graves e incapacitação. No Brasil, 79,4% das pessoas de 18 anos ou mais de idade sempre usavam cinto de segurança no banco da frente quando andavam de automóvel, van ou táxi. A proporção de pessoas que sempre usavam cinto de segurança no banco de trás, quando andavam de carro, van ou táxi, foi de 50,2%. Esse percentual aumentou com o avanço da idade e foi mais representativo na área urbana (51,1%) que na área rural (44,8%).

Saúde bucal - A saúde bucal da população tem reflexo na saúde integral e na qualidade de vida de toda a sociedade. No Brasil, 89,1% das pessoas de 18 anos ou mais de idade escovam os dentes pelo menos duas vezes por dia. Esse percentual foi menor na área rural (79%) que na área urbana (90,7%). As mulheres foram mais representativas (91,5%) que os homens (86,5%) na manutenção desse hábito. Em relação aos indivíduos que usavam escova, pasta e fio dental para a limpeza dos dentes, o percentual entre os homens foi de 48,4% e, entre as mulheres, 57,1%. O percentual foi mais expressivo quanto maior o nível de instrução: 29,2% das pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto tinham esses hábitos, enquanto, entre as pessoas com nível superior completo, esse percentual foi de 83,2%.  O atendimento odontológico no Brasil, em 2013, ocorreu preponderantemente em consultório particular ou clínica privada, totalizando 74,3% dos atendimentos. As unidades básicas de saúde foram responsáveis por 19,6% dos atendimentos. A pesquisa estimou que, das pessoas de 18 anos ou mais de idade, 11% perderam todos os dentes, o que corresponde a um contingente de 16 milhões, sendo maior a proporção entre as mulheres (13,3%) que entre homens (8,4%)." (Fonte: UOL Notícias Saúde)

Como podemos constatar através do artigo, gasta-se mais em saúde no Brasil devido a necessidade de tratamento de doenças do que investe-se em prevenção. Enquanto nossos governantes mantiverem esta linha de raciocínio e modelo de gestão estaremos trilhando um caminho sem volta e pagando um preço muito caro, através da nossa saúde.

Marcelo Drumond
Vereador

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